31/08/2018

SANTARÉM, A CAPITAL DO GÓTICO


Santarém tem abrigado várias lendas acerca da sua origem. Uma delas está relacionada com a mitologia Greco-Romana e conta que o príncipe Abidis, fruto de uma relação do Rei Ulisses de Ítaca com a Rainha Calipso, foi abandonado pelo avô – Gorgoris, Rei dos Cunetas – que o lançou às águas do Tejo, dentro de uma cesta. Como por milagre a cesta que albergava o príncipe aportou na praia de Santarém, onde uma serva o criou. Tempos depois, Abidis foi reconhecido pela sua mãe, Calipso, tornando-se assim legítimo ao trono. A Santarém deu o nome Esca Abidis (“manjar de Abidis) e daí teria vindo o nome Escálabis. No segundo caso, à mártir Santa Iria, ou Irene, de muito provável ascendência peninsular. As duas origens marcaram profundamente os topónimos que ainda hoje são utilizados: Scallabis e Santarém (de Sant`Arein)”.


A conquista romana desta área inicia-se em 138 A.C., com a campanha militar de fortificação de Olisipo (Lisboa) e Móron por Décimo Júnio Bruto.
Seguindo a mesma linha, Júlio César cria, em 61 A.C., um acampamento militar em Santarém. A cidade toma nesta época a designação de Scallabis Praesidium Iulium.
No ano 715 passou para a posse dos mouros, que  passaram a chamar-lhe Shantarin, fixando-se o nome em  Santarém com a reconquista da urbe por D. Afonso Henriques em 1147.


 Foi uma das principais vilas medievais de Portugal, tendo adquirido o estatuto de "Sempre Nobre e Leal" 


No Século XVI encontram-se, ou relacionam-se com Santarém, grandes vultos da história de Portugal, como Pedro Álvares Cabral, Luís de Camões, Fernão Lopes, e Martim Afonso de Melo ( Primeiro Europeu a chegar à China por mar)
Durante as Invasões Francesas, foi quartel-general da tropas lideradas pelo General Maassena, e sitiada pelo duque de Wellington em 1810/11. Sá da Bandeira, Passos Manuel, e Braamcamp Freire, são exemplo de liberais nascidos e ligados a Santarém.
Almeida Garrett irá imortalizá-la em 1846 com a publicação do livro "Viagens na minha terra" uma história de amor infeliz entre Carlos e Joaninha.

Resta-me recordar que na revolução dos Cravos, Salgueiro Maia com as suas tropas saiu da Escola Prática de Cavalaria em Santarém.


Possuidora do maior núcleo antigo do país, Santarém tem muito que oferecer ao seu visitante.


Vale a pena ver o jardim das Portas do Sol, construído  no local do antigo castelo dos mouros, com os jardins rodeados das velhas muralhas medievais a fantástica vista sobre o Tejo, e a lezíria.


 Conhecida como a "capital do Gótico", Santarém tem muitos e belos monumentos de que destaco alguns. A actual Catedral,antiga Igreja do Seminário em estilo barroco, datada de 1640, a Igreja da Graça, do século XIV, onde pode ver a pedra tumular de Pedro Álvares Cabral, 

O Museu Arqueológico de São João de Alporão, a Estação dos Caminhos-de-ferro com os seus painéis de azulejo, a ponte D. Luís, a casa museu Passos Manuel, a Igreja de Santa Maria de Alcáçova, 

                                                   altar da igreja de Alcáçova
e a Igreja de Marvila, entre muitos outros monumentos de interesse.








Na Gastronomia a Açorda de Sável, a Fataça na Telha e a sopa de peixe são alguns dos pratos mais apreciados. Mas a Massa a Barrão, o Bacalhau com magusto, ou o Entrecosto com arroz de feijão, sejam também uma boa opção. Acompanhados é claro com o bom vinho do Ribatejo.
Para adoçar a boca, temos uma panóplia de doces conventuais, à base de  amêndoas, açúcar e ovos, de que destaco os Arrepiados, os Celestes e os Queijinhos do Céu. 
Temos ainda o Pampilho, outro doce local criado em homenagem ao campino.


E então vamos de férias para Santarém? 



fontes: A

28/08/2018

SINTRA, A CAPITAL DO ROMANTISMO


Diz-nos a História que na Serra de Sintra se encontram vestígios de todas as épocas desde o neolítico até à actualidade. 

A história de Sintra é tão grande e variada, que não caberia neste espaço, pelo que vos remeto para este site e assim quem estiver interessado, poderá conhecê-la a fundo.




Depois da conquista de Lisboa em 1147 por D. Afonso Henriques, Sintra é definitivamente integrada no espaço cristão. Logo após a tomada do Castelo, D. Afonso Henriques funda a igreja de São Pedro de Canaferrim, outorgando Carta de Foral à Vila de Sintra em 1154. 

Nos séculos  XI e XII estabeleceram-se na zona vários conventos e ordens militares, que possuíam casas e vinhas e que fizeram prosperar a vila.Porém no século XIV, a epidemia de peste negra, chegou a Sintra, onde se propagou rapidamente devido ao clima frio e húmido da Vila, tendo dizimado uma boa parte da população. 





Conheceu um período de menos brilho, durante o domínio espanhol, quando os duques de Bragança se transferem para Vila Viçosa. Mais tarde o terramoto de 1755 causou em Sintra, como aliás em quase todo o país, avultados prejuízos e grande número de vítimas. Mas esta não foi a única tragédia que assolou Sintra. O grande ciclone de Fevereiro de 1941, provocou em Sintra uma enorme destruição. Seis anos depois, cai na serra, o bimotor Dakota, proveniente de França, em que morrem carbonizadas 16 pessoas. 
Mais recente ainda, muitos de nós lembramos o grande incêndio de Setembro de 1966, que incontrolável durante seis dias destruiu quase a totalidade da Serra. Nele morreram carbonizados, 25 militares que operavam no combate e que sem preparação conveniente, se deixaram cercar pelas chamas.
Em Sintra viveram grandes escritores nacionais e estrangeiros, como Eça de Queiroz, Ramalho Ortigão, Ferreira de Castro, o poeta inglês Robert Southey, Lord Byron, que a imortalizou num dos seus poemas como "Cintra's glorious Eden" entre muitos outros, que a glorificaram e lhe deram fama de "A capital do Romantismo"


Para se encantar em Sintra, não pode deixar de visitar,  o Palácio Nacional de Sintra, também chamado Palácio da Vila, o Palácio da Pena, e o Castelo dos Mouros.



 Ainda o palácio da Regaleira, na quinta do mesmo nome, mandado construir por Monteiro de Carvalho o "Monteiro dos Milhões", em cujo espaço se encontram verdadeiras maravilhas arquitectónicas e botanicas,
o Palácio de Seteais, e o Palácio de Monserrate, o Convento dos Capuchos, a fonte da Pipa, com seus painéis de Azulejos.  As várias igrejas e capelas das quais destaco a de S. Pedro,cuja construção remonta ao século XVI.
O Museu de História Natural,


 o Museu do Ar, e a casa-museu Leal da Câmara, o Centro de Ciência Viva, o Museu das Artes de Sintra, o Museu Ferreira de Castro,


 e o recentemente inaugurado News Museu, dedicado à Comunicação Social, que ocupa as instalações do antigo Museu do Brinquedo, são outros espaços a não perder.
Bom, e praias?- Pergunta-me, quem não as dispensa.no Verão. Pois ali bem perto integrado no Parque Natural de Sintra-Cascais, existem várias e boas praias, como a das Maçãs (que deve o seu nome às maçãs que o rio que ali desagua, trazia, nos tempos em que Sintra era rodeada de extensos pomares de macieiras) Praia Grande, muito procurada pelos amantes de surf, praia da Ursa,a mais ocidental de Portugal, entre outras bem conhecidas como S. Julião, Magoito e Adraga.



                                Praia das Maçãs


                                 Praia Grande

                                       Praia da Ursa

Na Gastronomia, Sintra apresenta vários pratos deliciosos, entre os quais destaco a Vitela à Sintrense, o Leitão de Negrais, as Migas à Pescador e  Açorda de Bacalhau, e os Mexilhões de cebolada.
Na doçaria, destacam-se os famosos Travesseiros, e as Queijadas de Sintra, entre muitos outros igualmente deliciosos.






E então, vamos de férias para Sintra?


Fontes 
Cm de Sintra, Wikipédia, e apontamentos das minhas visitas.
As fotos que não estão assinadas são do Google

22/08/2018

PENICHE, A CAPITAL DA ONDA


Hoje a minha sugestão vai para Peniche. Essa mesma, a cidade mais ocidental da Europa e em cujo forte, estiveram presas várias figuras, opositores ao regime político que vigorou em Portugal até Abril de 74. Entre eles estava Álvaro Cunhal, que com outros nove companheiros protagonizou a mais espectacular fuga de que há memória em Portugal. Claro que a fuga foi preparada ao pormenor no interior e exterior, mas quem visita o forte, sabe que por muito bem preparada que fosse, foi muito arrojada e sobretudo muito arriscada, já que se tratava de uma prisão de alta segurança, que os presos estavam no piso superior, que tinham de descer ao pátio do forte, o que fizeram utilizando o tronco de uma árvore, atravessar o pátio até à muralha exterior, a qual descem por uma corda feita com lençóis, para o fosso exterior do forte. Daí saltaram o muro que os separava da vila, onde os carros os esperavam para os locais anteriormente combinados. Ficou conhecida como "A fuga dos dez"



Diz a história que Peniche já foi uma ilha, mas o assoreamento ao longo dos séculos, transformou a ilha, na península que hoje é.


Cidade que vive essencialmente da pesca, o antigo porto junto ao forte mantém o pitoresco das zonas piscatórias. E se hoje Peniche é o maior porto de pesca tradicional do país, já ostentava esse titulo no 
reinado de D. Dinis.
Para quem se interessa por história, a Gruta da Furninha, tem muito a contar.


Conhecida como a capital da onda, Peniche possui lugares lindíssimos, praias maravilhosas, e óptimas condições para os desportos náuticos.


Em terra além do Forte, cuja construção inicial, data do séc. XVI, e que foi sucessivamente ampliado até ao séc. XIX, pode visitar a igreja matriz (com azulejos do séc. XVII)a igreja da Misericórdia (com pinturas de Josefa de Óbidos) de S. Pedro, de Nª Srª dos Remédios, (com azulejos do séc. XVIII) e o Forte de S. João Baptista, na Berlenga grande.


A Baía entre o Baleal e Peniche e de rara beleza. Do lado norte a Praia do Lagide local excelente para a prática de surf e bodyboard, durante todo o ano. Do lado sul a Praia do Baleal, com um extenso areal e águas mais tranquilas.




A estrada para o Cabo Carvoeiro (o 2º mais ocidental da Europa) é de extrema beleza, pelo exotismo das suas rochas esculpidas pelo mar. Ao fundo podem ver-se as Berlengas embora não apareçam nas minhas fotos.


Na gastronomia abundante em peixes sempre muito frescos, pode deliciar-se com a maravilhosa caldeirada de Peniche, sardinhas assadas, Lagosta suada à moda de Peniche, e a maravilhosa sopa de peixe. E para sobremesa os Esses de Peniche e os Pastéis de Peniche.  


Aconselho uma visita à Fortaleza, ao seu Museu e aos ateliers de renda de Bilros.


Aconselho igualmente uma visita às Berlengas ilhas de maravilhosas paisagens, Reserva Natural, e ao Forte de S. João Baptista.



E a Praia da Consolação? Dotada de excelentes condições terapêuticas pela sua concentração de iodo é procurada por milhares de pessoas todos os anos. Ah! já me esquecia. A festa em honra da Nª Senhora da Boa Viagem, cuja procissão é feita em terra e no no mar em barcos lindamente engalanados na primeira semana de Agosto.
Então, vamos até Peniche?




Nota: Todas as fotos que utilizo neste post são minha excepto as duas das Berlengas. A primeira é de Joana Andrade e a segunda, desconheço o autor. 

18/08/2018

SETÚBAL, A PRINCESA DO SADO



Setúbal existe desde 1514, com foral concedido por D. Manuel I. Embora não haja, registo de nenhum outro foral, sabe-se que esta zona foi habitada pelos Fenícios, Gregos e Cartagineses, que vinham à Ibéria em busca do sal,  e mais tarde pelos Romanos, que se fixaram na margem sul do Sado (hoje Tróia) e lhe deram o nome de Cetóbriga. Data dessa data a recolha de sal como o demonstram as salgadeiras aí encontradas.

A exemplo de outras cidades ibéricas e do sul da Europa, o topónimo 'Setúbal' pode estar relacionado com o topónimo do rio que banha a povoação, referido pelo geógrafo árabe Edrisi (Muhammad Al-Idrisi), como denominar-se Xetubre (sendo esta a tese do Prof. José Hermano Saraiva). Seja como for, o topónimo ‘Setúbal’ e a cidade perdem-se no rasto dos tempos.
Porém os movimentos de areia, forçaram os habitantes a procurarem outro local para se fixarem. Escolheram uma área, hoje chamada o Bairro do Troino, situada na margem oposta à primitiva fixação, e aí se desenvolveu o núcleo gerador da actual cidade.
Com a nova localização e o desenvolvimento crescente, Setúbal  tornou-se no reinado de D. Afonso III, um dos principais portos do País a par de Lisboa, Porto e Faro. Como a povoação se ia tornando cada vez mais importante. é necessário criar mecanismos que a defendessem. Assim se iniciou, no reinado de D. Afonso IV,  a construção de muralhas, das quais ainda existem na cidade  alguns pedaços que delas, dão testemunho.

Ao longo do século XV, a vila desenvolveu actividades económicas, ligadas sobretudo, à indústria e ao comércio, tirando rendimentos elevados com os direitos cobrados pela entrada no porto.
Os primeiros conventos franciscanos, um deles o Convento de Jesus, foram construídos em Setúbal durante esse século.


A época dos Descobrimentos trouxe um grande desenvolvimento, tendo D. Afonso V, em
1458, partido do porto de Setúbal à conquista de Alcácer Ceguer.
 A construção de um aqueduto, em 1487, que conduzia a água à vila, iniciada por D. João II, (que era um apaixonado por Setúbal e que escolheu esta cidade para casr com D. Leonor em 1471) e terminou no reinado de D. Manuel. Este monarca reformou o foral da vila, em 1514, devido ao progresso e aumento demográfico que Setúbal tinha registado ao longo do último século.

Aqueduto e Igreja de Santa Maria, onde se realizou o casamento real.
Hoje é a Sé Catedral de Setúbal



O título de “notável villa” é concedido, em 1525, por D. João III. Foi este título que proporcionou a criação, em 1553, por carta do arcebispo de Lisboa, D. Fernando, de duas novas freguesias, a de S. Sebastião e a da Anunciada, que se juntaram às já existentes S. Julião e Santa Maria.
A cerca de dois quilómetros do centro de Setúbal, o Rei D. Filipe II mandou edificar uma fortaleza – de S. Filipe –, cujos trabalhos foram iniciados em 1582.
No início do século XVIII, a população setubalense solicitou que S. Francisco Xavier fosse eleito padroeiro da cidade.




O terramoto de 1755 destruiu e danificou muitos edifícios, tendo as freguesias localizadas na zona mais baixa de Setúbal sido as mais afectadas.
Ao longo do século XIX, o desenvolvimento económico e social transformou a vila num dos mais importantes centros comerciais e industriais do País. A elevação a cidade deu-se em 1860, por carta régia, após solicitação da Câmara, dois anos antes, ao Rei D. Pedro V.
Nessa altura, foi inaugurada a via-férrea Barreiro/Setúbal e, em 1863, a iluminação a gás.
 As obras de aterro sobre o rio iniciaram-se, fazendo nascer a Avenida Luísa Todi.



Setúbal foi elevada, em 1926, a sede de distrito e, em 1975, a cabeça de 
diocese.
 Na actualidade Setúbal oferece uma grande diversidade de interesses para quem nela quiser passar férias.
Desde os passeios pela serra da Arrábida, donde se pode ter uma magnifica panorâmica sobre a cidade e o rio, uma visita aos monumentos, dos quais destaco além do já citado Convento de Cristo, a casa-museu do Bocage, o poeta sadino, cujo monumento de encontra num largo com o seu nome



o museu do trabalho, 


 Uma mercearia antiga no museu do trabalho

a casa-museu do Corpo Santo

Reparem na beleza deste sacrário, na casa-museu


A casa-museu do Bocage

                                       
A praia do Portinho da Arrábida,



 o forte de S. Filipe, os golfinhos, Tróia, na outra margem do Sado, onde além das ruínas da vila românica, tem uma magnífica praia
Na gastronomia, a rainha de Setúbal é sem duvida a sardinha assada, mas outros pratos como o choco frito, o polvo, as ostras são pratos que não encontram igual em mais nenhuma parte do país. 
E depois temos as tortas e o queijo de Azeitão, e os vinhos da região de Setúbal

E então, vamos até Setúbal? 




Nota A primeira e ultima foto não são minhas.


Fonte
Wikipédia
 Apontamentos de visita de estudo

14/08/2018

NAZARÉ, ONDE A LENDA SE FEZ HISTÓRIA

Segundo a lenda, Nazaré deve o seu nome a uma imagem da Virgem de Nazareth na Palestina, que um monge grego terá trazido no séc. IV para o mosteiro de Cauliana, perto de Mérida. No ano 711 após a batalha de Guadalete, em que os muçulmanos derrotaram os cristãos, e  D. Rodrigo, o último rei visigodo da Península Ibérica, consegue fugir e chega ao mosteiro, quando os monges, sabedores da vitória dos muçulmanos se aprestavam a abandoná-lo. Um dos monges, Frei Romano decide acompanhar D. Rodrigo na fuga, trazendo consigo a imagem da Virgem, e uma caixa com as relíquias de S. Brás e S. Bartolomeu.
Chegam ao seu destino a 22 de Novembro desse mesmo ano, quando encontraram uma igreja abandonada no monte Seano, actual monte de S. Bartolomeu. Separaram-se, para viverem como eremitas. O rei ficou no monte, o monge, instalou-se a 3 Kms, numa gruta no topo de uma falésia sobre o mar. Após a sua morte, a imagem terá permanecido escondida durante vários séculos até que foi descoberta por pastores que passaram a venerá-la.
D. Fuas Roupinho, alcaide-mor do Castelo de Porto de Mós, tinha por hábito caçar por aqueles lados. Conta a lenda que também ele descobriu a imagem e a venerou.
Ermida da Memória. Painel de Azulejos alusivo ao milagre da lenda. Foto da Wikipédia.

Algum tempo depois, a 14 de Setembro  de 1182, numa manhã de intenso nevoeiro, D. Fuas perseguia um belo veado, quando o vê desaparecer no precipício. Perante o perigo, terá pedido auxílio à Virgem, e o cavalo estacou na ponta do penhasco, salvando a vida do cavaleiro. Em acção de graças, mandou D. Fuas Roupinho construir a Ermida da Memória. Venerada desde então, a imagem teria dado origem ao nome do lugar - Sítio de Nossa Senhora da Nazaré. Desde então, ao local acorrem romeiros e peregrinos, mas devido à difíceis condições de acesso, passaram mais uns bons séculos até que o Sítio começasse a desenvolver-se. Para isso deu grande contribuição, a instalação de um elevador mecânico em 1889, para fazer a ligação ente o Sítio e a Praia.



As primeiras referencias à Praia da Nazaré, datam de 1643, pelo que se depreende que a sua ocupação é relativamente recente.
Só no século XIX, já depois das invasões francesas, se reuniram condições para que os pescadores começassem a instalar-se junto à praia. Anteriormente devido aos constantes ataques dos piratas argelinos e holandeses, os pescadores sentiam-se inseguros no areal, e refugiavam-se nas partes altas, Sítio e Pederneira. Apesar de nos meados do século XIX, a praia da Nazaré, já ser procurada para banhos, só na década de  60 do século passado o turismo descobriu verdadeiramente a Nazaré.
Hoje é uma vila moderna e animada, para o que muito contribuem a excelência das suas ondas para a prática de surf.  E por falar em ondas lembram-se do recorde estabelecido em 2011 por McNamara na Praia do Norte? Pois é, uma onda de 30 metros é obra..
Mas Nazaré é muito mais que Sítio e Praia da Nazaré.. Assim aconselho uma visita ao Forte de S. Miguel.



O Santuário de Nª Senhora da Nazaré que remonta ao século XIV,


Exterior e interior do Santuário de Nª Senhora da Nazaré

A Igreja Paroquial de Nossa Senhora das Areias, do século XVI,e  outros.  Uma visita ao Miradouro de Suberco, no Sítio, a 110 metros de altura que tem uma vista fantástica, à Praia do Norte,ainda o miradouro da Pederneira,
Miradouro da Pederneira. Foto da CM da Nazaré




 a Praia do Salgado e a Praia do Sul. Para os que se interessam por museus, existem três na Nazaré. Um etnográfico, um de arte sacra e o museu do Pescador.
Na Gastronomia, são vários os pratos típicos, todos na base do peixe.  A caldeirada  Nazarena, a sardinha, o carapau , a massa de peixe, a cataplana de peixe, o arroz, a açorda, e a cataplana de marisco. Na doçaria temos as Sardinhas, um folhado recheado de creme de ovos, Támares, uns bolinhos em forma de barcos,os Fóquins e os Nazarenos.
E então? Vamos até à Nazaré?







Há 5 anos que não vou à Nazaré. Para este destino usei as minhas memórias, o site da CM da Nazaré, e a Wikipédia. 

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