Vamos visitá-lo?
O projeto nasceu no final do século XV, quando Justa Rodrigues Pereira – ama de D. Manuel I – envidou esforços junto do Vaticano e da corte real para a construção de um convento no terreno conhecido, na época, por sapal de Troino.
As obras, iniciadas em 1490 e, ao que tudo indica, terminadas em 1496, foram conduzidas por Diogo Boitaca, nome que acabaria por ser uma referência do manuelino, assinando trabalhos em monumentos como o Mosteiro dos Jerónimos, ou o Mosteiro da Batalha
O arranque das obras reveste-se de um dado curioso. Em 1491, um ano após o início dos trabalhos, D. João II desloca-se a Setúbal para fazer uma novena e assistir à primeira missa rezada no lugar destinado ao futuro templo. Na ocasião já estavam abertos os alicerces e construídos a portaria e o dormitório do convento, mas o monarca revelou desagrado em relação às dimensões da igreja, reduzidas para o seu gosto. Nesse mesmo ano repete-se a cerimónia de lançamento da primeira pedra, durante a qual D. João II, mestre Boitaca e Justa Pereira mediram, eles próprios, o comprimento e largura do claustro do convento, desta feita já com os ajustes incluídos.
No Convento de Jesus recorre-se, quase em estreia, a soluções inovadoras para época, como os arcos de volta perfeita, abobadas assentes sobre arcos abatidos e redes de nervuras.
Belo cruzeiro em mármore vermelho da Arrábida
Os painéis de azulejos do séc XVIII que revestem as laterais da igreja.
A Igreja de Jesus, assim como o claustro e a Casa do Capítulo do Convento, estão classificados como monumentos nacionais desde 1910 e 1933.
A Igreja Gótica apresenta um interior sumptuoso, e foi o primeiro ensaio no País de uma “igreja salão”, conferindo uma unidade do espaço, com as três naves abobadadas à mesma altura, permitindo uma iluminação uniforme do interior. A Igreja é famosa pelas suas belas colunas torsas feitas em brecha (uma pedra típica da Serra da Arrábida) que sustentam as abóbadas.
No tecto estão presentes nervuras espiraladas que viriam a ser um dos grandes marcos do estilo Manuelino, e que aqui parecem ser dos primeiros exemplares onde foram utilizadas.
Na capela-mor existia um belo retábulo renascentista, que agora se encontra na Galeria de Pintura Renascentista anexa à Igreja.
A passagem interior da igreja para o convento
A zona batismal
Fontes: Câmara Municipal, através de uma das suas guias.
Nooossa, quanto de lindo a ver com esse passeio contigo! Beleza! bjs, chica
ResponderEliminarQue bom que gostou, amiga.
ResponderEliminarUm abraço e uma boa semana
Quando regressar a Setúbal ... lá estarei e as imagens a isso convidam! Bj
ResponderEliminarHá imensas coisas para ver em Setúbal. Vou andar por lá ainda mais uns dias.
EliminarUm abraço e uma boa semana
Já fui algumas vezes a Setúbal e já por lá "passei" muitas. A verdade é que conheço mal. Não fazia a menor ideia sobre este Convento, Monumento Nacional !
ResponderEliminarA reportagem está excelente, Elvira !
:)
Na próxima já sabe amigo. Só mostro a parte da Igreja a parte do convento é hoje o museu de Setúbal. Merece também uma visita, mas o nosso programa, não englobava o museu.
EliminarAbraço
Gostei da visita guiada! Muitos detalhes interessantes!
ResponderEliminarAbraço
A intenção é que quem entra, goste Rui.
ResponderEliminarAbraço
Desconhecia por completo, este convento!
ResponderEliminarAdorei descobri-lo por intermédio deste sua extraordinária reportagem fotográfica, Elvira!
Uma série de fotos notáveis! Adorei!!!
Beijinhos! Continuação de uma boa semana!
Ana
Que bom que lhe despertei o conhecimento, e quem sabe a vontade de conhecer este monumento.
ResponderEliminarElvira, sem dúvida as colunas entalhadas em pedra são a grande atração dessas fotos, nunca vi nada igual! Aliás, toda a construção, bem peculiar. Abraços!
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