15/05/2016

ZANZANDO POR LAGOS - PARTE VI



Saindo  da Igreja de S, Sebastião e descendo a rua, chegamos a este Praça que ostenta o nome do nosso poeta maior, Luís de Camões, onde encontramos este Monumento erigido em memória dos soldados mortos na Grande Guerra.  Como sabem nesta guerra que se iniciou em 1914, e terminou quatro anos mais tarde, Portugal mantinha-se neutro, apesar da sua aliança com a Inglaterra, e desta estar em guerra. Porém por pressão da Inglaterra, o Governo Português viria a apresar vários barcos de origem alemã que se encontravam no Tejo. Como resposta a Alemanha declarou guerra a Portugal.  O Corpo Expedicionário Português, participou na batalha de la Lys na Primavera de 1918, tendo sofrido pesadas baixas.

 Das várias ruas que vêm dar a esta Praça, esta é talvez a mais interessante com as suas varandas de ferro forjado e a escadaria a meio da rua.

Continuando o passeio em direcção à Avenidas das Descobertas, encontramos mais à frente a fonte das 8 bicas da autoria de Rui Paula.
Obra em calcário, representa a antiga Fonte Manuelina, que no século XVI abastecia a cidade.


Logo a seguir, encontramos a Praça Gil Eanes, e bem no meio dela, a estátua de El-Rei D. Sebastião, que em 1573 elevou Lagos à categoria de cidade, e daqui partiu em 1578, à Conquista de Alcácer Quibir, numa fatal expedição ao norte de África, donde nunca voltaria. Era quase uma criança, e o povo recusava-se a acreditar na sua morte, acreditando que ele havia de voltar num dia de nevoeiro. Esse mito permaneceu na memória do povo até aos nossos dias.
A estátua é obra de João Cutileiro, e foi inaugurada em 1973

No seguimento da Praça Gil Eanes, encontramos este belo painel de Azulejos, numa das paredes do edifício dos C.T.T. Trata-se de um trabalho executado para esta entidade, pela empresa Mosaicos Ideal, Lda de Lisboa, segundo desenho da artista Rosário Silva. Representa a localização da cidade, junto ao mar, suas praias, barcos e criaturas marinhas. Do lado direito destaca-se o símbolo dos correios. O corneteiro e seu cavalo.




Seguindo pela Avenida em direcção ao forte que já mostrei numa postagem anterior, chegamos à Praça Infante D. Henrique, que já foi a antiga  Praça da República, e antes disso a praça da Constituição, / do Pelourinho/ e dos touros. Será que este vai ser o nome final? Bom, é nesta Praça, que se situam,  a Igreja de Santa Maria, o Mercado de Escravos, e o antigo Armazém Regimental, que já mostrei anteriormente.  Mas ainda não tinha mostrado a estátua do Infante D. Henrique.
Da autoria do escultor, Leopoldo de Almeida, foi inaugurada em 1960, e  imortaliza a figura do Infante, e a sua estadia em Lagos, durante grande parte da sua vida, embora lhe chamem o Infante de Sagres.


                                                                                A
Um pouco mais à frente, no jardim da Constituição,  junto às muralhas, encontra-se a estátua de Gil Eanes, uma homenagem a um filho da terra, escudeiro do Infante D. Henrique, que em 1434 dobrou o Cabo Bojador.
Esta estátua da autoria de Canto da Maia, representa o navegador junto a um barril, vaso improvisado contendo uma planta, símbolo da descoberta de terra para além do Cabo Bojador


Um pouco mais à frente, a parte pais bonita das muralhas, com o arco de entrada na cidade, o arco de S. Gonçalo



Foto nocturna do arco. As diurnas deste local, estavam numa pasta que desapareceu quando o disco do pc ardeu.



B


Neste arco, foi edificado nos anos 40   um oratório, para perpetuar a memória do Santo Padroeiro de Lagos, que  terá nascido em 1360, segundo a tradição numa casa junto das Portas do Mar, no local onde hoje se encontra  o nicho com a sua imagem. Estudou em Lisboa, onde decide entrar na  Ordem dos Eremitas de Stº Agostinho. 
Estudou teologia, e dedicou-se à catequese e pregação, interessando-se pelo bem estar das populações e apoiando os pobres. Pelo bem que fez, e pelos milagres, quer em vida, quer depois de morto, ganhou fama de Santo. Faleceu em Torres Vedras a 15 de Outubro de 1422. Em 1778, o Papa Pio VI autorizou o culto do "Bem-aventurado" ou Beato Frei Gonçalo de Lagos, com honras de santo em Portugal.


E cá está,no cimo da Avenida dos Descobrimentos,  no largo por cima da falésia da Praia da batata, local 
conhecido por Chão Queimado, o monumento a S. Gonçalo, padroeiro da cidade. Obra do escultor lacobrigense
Tolentino Abegoaria.







E por hoje fico por aqui. Espero que gostem.  As fotos A e B não são de minha autoria. Fui buscá-las ao Google pois não as  encontrei nas minhas. Quando ardeu o disco do pc, perdi todas as pastas que não estavam em penes. 



                                                   

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