Setúbal existe desde 1514, com foral concedido por D. Manuel I. Embora não haja, registo de nenhum outro foral, sabe-se que esta zona foi habitada pelos Fenícios, Gregos e Cartagineses, que vinham à Ibéria em busca do sal, e mais tarde pelos Romanos, que se fixaram na margem sul do Sado (hoje Tróia) e lhe deram o nome de Cetóbriga. Data dessa data a recolha de sal como o demonstram as salgadeiras aí encontradas.
A exemplo de outras cidades ibéricas e do sul da Europa, o topónimo 'Setúbal' pode estar relacionado com o topónimo do rio que banha a povoação, referido pelo geógrafo árabe Edrisi (Muhammad Al-Idrisi), como denominar-se Xetubre (sendo esta a tese do Prof. José Hermano Saraiva). Seja como for, o topónimo ‘Setúbal’ e a cidade perdem-se no rasto dos tempos.
Porém os movimentos de areia, forçaram os habitantes a procurarem outro local para se fixarem. Escolheram uma área, hoje chamada o Bairro do Troino, situada na margem oposta à primitiva fixação, e aí se desenvolveu o núcleo gerador da actual cidade.
Com a nova localização e o desenvolvimento crescente, Setúbal tornou-se no reinado de D. Afonso III, um dos principais portos do País a par de Lisboa, Porto e Faro. Como a povoação se ia tornando cada vez mais importante. é necessário criar mecanismos que a defendessem. Assim se iniciou, no reinado de D. Afonso IV, a construção de muralhas, das quais ainda existem na cidade alguns pedaços que delas, dão testemunho.
Ao longo do século XV, a vila desenvolveu actividades económicas, ligadas sobretudo, à indústria e ao comércio, tirando rendimentos elevados com os direitos cobrados pela entrada no porto.
Os primeiros conventos franciscanos, um deles o Convento de Jesus, foram construídos em Setúbal durante esse século.
A época dos Descobrimentos trouxe um grande desenvolvimento, tendo D. Afonso V, em
1458, partido do porto de Setúbal à conquista de Alcácer Ceguer.
A construção de um aqueduto, em 1487, que conduzia a água à vila, iniciada por D. João II, (que era um apaixonado por Setúbal e que escolheu esta cidade para casr com D. Leonor em 1471) e terminou no reinado de D. Manuel. Este monarca reformou o foral da vila, em 1514, devido ao progresso e aumento demográfico que Setúbal tinha registado ao longo do último século.
Aqueduto e Igreja de Santa Maria, onde se realizou o casamento real.
Hoje é a Sé Catedral de Setúbal
O título de “notável villa” é concedido, em 1525, por D. João III. Foi este título que proporcionou a criação, em 1553, por carta do arcebispo de Lisboa, D. Fernando, de duas novas freguesias, a de S. Sebastião e a da Anunciada, que se juntaram às já existentes S. Julião e Santa Maria.
A cerca de dois quilómetros do centro de Setúbal, o Rei D. Filipe II mandou edificar uma fortaleza – de S. Filipe –, cujos trabalhos foram iniciados em 1582.
No início do século XVIII, a população setubalense solicitou que S. Francisco Xavier fosse eleito padroeiro da cidade.
O terramoto de 1755 destruiu e danificou muitos edifícios, tendo as freguesias localizadas na zona mais baixa de Setúbal sido as mais afectadas.
Ao longo do século XIX, o desenvolvimento económico e social transformou a vila num dos mais importantes centros comerciais e industriais do País. A elevação a cidade deu-se em 1860, por carta régia, após solicitação da Câmara, dois anos antes, ao Rei D. Pedro V.
Nessa altura, foi inaugurada a via-férrea Barreiro/Setúbal e, em 1863, a iluminação a gás.
As obras de aterro sobre o rio iniciaram-se, fazendo nascer a Avenida Luísa Todi.
Setúbal foi elevada, em 1926, a sede de distrito e, em 1975, a cabeça de
diocese.
Desde os passeios pela serra da Arrábida, donde se pode ter uma magnifica panorâmica sobre a cidade e o rio, uma visita aos monumentos, dos quais destaco além do já citado Convento de Cristo, a casa-museu do Bocage, o poeta sadino, cujo monumento de encontra num largo com o seu nome
o museu do trabalho,
o museu do trabalho,
Uma mercearia antiga no museu do trabalho
a casa-museu do Corpo Santo
Reparem na beleza deste sacrário, na casa-museu
A casa-museu do Bocage
A praia do Portinho da Arrábida,
o forte de S. Filipe, os golfinhos, Tróia, na outra margem do Sado, onde além das ruínas da vila românica, tem uma magnífica praia
Na gastronomia, a rainha de Setúbal é sem duvida a sardinha assada, mas outros pratos como o choco frito, o polvo, as ostras são pratos que não encontram igual em mais nenhuma parte do país.
E depois temos as tortas e o queijo de Azeitão, e os vinhos da região de Setúbal
E então, vamos até Setúbal?
Na gastronomia, a rainha de Setúbal é sem duvida a sardinha assada, mas outros pratos como o choco frito, o polvo, as ostras são pratos que não encontram igual em mais nenhuma parte do país.
E depois temos as tortas e o queijo de Azeitão, e os vinhos da região de Setúbal
E então, vamos até Setúbal?
Nota A primeira e ultima foto não são minhas.
Wikipédia
Além das fotos que gosto, é de louvar a componente informativa de uma cidade que em tempos visitei.
ResponderEliminarAbraço Elvira
Postagem linda e muito didática. Elvira, descobri que adoro Aquedutos... Essa praia do Portinho é belíssima, um paraíso.
ResponderEliminarSim, um dia irei à Setubal!
Na terça-feira temos um jantar com uns amigos que foram com sua família à Portugal por 15 dias, adivinhe qual será o assunto??
Esse mesmo, Portugal!
Beijo, amiga. Um bom domingo.
Interessante foto/reportagem de uma cidade que gosto.
ResponderEliminarBoa semana.
Olhar d'Ouro - bLoG
Olhar d'Ouro - fAcEbOOk
Nunca fui boa à disciplina de História e sei que todos os pormenores da nossa História que li aqui me vão esquecer.
ResponderEliminarMas pelo menos posso vir lê-los em qualquer altura para os recordar.
Só fui uma vez a Setúbal e apesar do calendário marcar o dia 14 de Dezembro, estava um dia de sol quente e fantástico. Adorrrei lá terrr estado!
Beijinhos e sadinos
(^^)
(aquele "e" ficou a mais! grrrrrr)
Eliminar(^^)
Olá Elvira.
ResponderEliminarA Senhora continua com um Historial Fotográfico e Decomentado digno de Louvor.
Cumprimentos. Alberto