18/08/2018

SETÚBAL, A PRINCESA DO SADO



Setúbal existe desde 1514, com foral concedido por D. Manuel I. Embora não haja, registo de nenhum outro foral, sabe-se que esta zona foi habitada pelos Fenícios, Gregos e Cartagineses, que vinham à Ibéria em busca do sal,  e mais tarde pelos Romanos, que se fixaram na margem sul do Sado (hoje Tróia) e lhe deram o nome de Cetóbriga. Data dessa data a recolha de sal como o demonstram as salgadeiras aí encontradas.

A exemplo de outras cidades ibéricas e do sul da Europa, o topónimo 'Setúbal' pode estar relacionado com o topónimo do rio que banha a povoação, referido pelo geógrafo árabe Edrisi (Muhammad Al-Idrisi), como denominar-se Xetubre (sendo esta a tese do Prof. José Hermano Saraiva). Seja como for, o topónimo ‘Setúbal’ e a cidade perdem-se no rasto dos tempos.
Porém os movimentos de areia, forçaram os habitantes a procurarem outro local para se fixarem. Escolheram uma área, hoje chamada o Bairro do Troino, situada na margem oposta à primitiva fixação, e aí se desenvolveu o núcleo gerador da actual cidade.
Com a nova localização e o desenvolvimento crescente, Setúbal  tornou-se no reinado de D. Afonso III, um dos principais portos do País a par de Lisboa, Porto e Faro. Como a povoação se ia tornando cada vez mais importante. é necessário criar mecanismos que a defendessem. Assim se iniciou, no reinado de D. Afonso IV,  a construção de muralhas, das quais ainda existem na cidade  alguns pedaços que delas, dão testemunho.

Ao longo do século XV, a vila desenvolveu actividades económicas, ligadas sobretudo, à indústria e ao comércio, tirando rendimentos elevados com os direitos cobrados pela entrada no porto.
Os primeiros conventos franciscanos, um deles o Convento de Jesus, foram construídos em Setúbal durante esse século.


A época dos Descobrimentos trouxe um grande desenvolvimento, tendo D. Afonso V, em
1458, partido do porto de Setúbal à conquista de Alcácer Ceguer.
 A construção de um aqueduto, em 1487, que conduzia a água à vila, iniciada por D. João II, (que era um apaixonado por Setúbal e que escolheu esta cidade para casr com D. Leonor em 1471) e terminou no reinado de D. Manuel. Este monarca reformou o foral da vila, em 1514, devido ao progresso e aumento demográfico que Setúbal tinha registado ao longo do último século.

Aqueduto e Igreja de Santa Maria, onde se realizou o casamento real.
Hoje é a Sé Catedral de Setúbal



O título de “notável villa” é concedido, em 1525, por D. João III. Foi este título que proporcionou a criação, em 1553, por carta do arcebispo de Lisboa, D. Fernando, de duas novas freguesias, a de S. Sebastião e a da Anunciada, que se juntaram às já existentes S. Julião e Santa Maria.
A cerca de dois quilómetros do centro de Setúbal, o Rei D. Filipe II mandou edificar uma fortaleza – de S. Filipe –, cujos trabalhos foram iniciados em 1582.
No início do século XVIII, a população setubalense solicitou que S. Francisco Xavier fosse eleito padroeiro da cidade.




O terramoto de 1755 destruiu e danificou muitos edifícios, tendo as freguesias localizadas na zona mais baixa de Setúbal sido as mais afectadas.
Ao longo do século XIX, o desenvolvimento económico e social transformou a vila num dos mais importantes centros comerciais e industriais do País. A elevação a cidade deu-se em 1860, por carta régia, após solicitação da Câmara, dois anos antes, ao Rei D. Pedro V.
Nessa altura, foi inaugurada a via-férrea Barreiro/Setúbal e, em 1863, a iluminação a gás.
 As obras de aterro sobre o rio iniciaram-se, fazendo nascer a Avenida Luísa Todi.



Setúbal foi elevada, em 1926, a sede de distrito e, em 1975, a cabeça de 
diocese.
 Na actualidade Setúbal oferece uma grande diversidade de interesses para quem nela quiser passar férias.
Desde os passeios pela serra da Arrábida, donde se pode ter uma magnifica panorâmica sobre a cidade e o rio, uma visita aos monumentos, dos quais destaco além do já citado Convento de Cristo, a casa-museu do Bocage, o poeta sadino, cujo monumento de encontra num largo com o seu nome



o museu do trabalho, 


 Uma mercearia antiga no museu do trabalho

a casa-museu do Corpo Santo

Reparem na beleza deste sacrário, na casa-museu


A casa-museu do Bocage

                                       
A praia do Portinho da Arrábida,



 o forte de S. Filipe, os golfinhos, Tróia, na outra margem do Sado, onde além das ruínas da vila românica, tem uma magnífica praia
Na gastronomia, a rainha de Setúbal é sem duvida a sardinha assada, mas outros pratos como o choco frito, o polvo, as ostras são pratos que não encontram igual em mais nenhuma parte do país. 
E depois temos as tortas e o queijo de Azeitão, e os vinhos da região de Setúbal

E então, vamos até Setúbal? 




Nota A primeira e ultima foto não são minhas.


Fonte
Wikipédia
 Apontamentos de visita de estudo

6 comentários:

  1. Além das fotos que gosto, é de louvar a componente informativa de uma cidade que em tempos visitei.

    Abraço Elvira

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  2. Postagem linda e muito didática. Elvira, descobri que adoro Aquedutos... Essa praia do Portinho é belíssima, um paraíso.
    Sim, um dia irei à Setubal!
    Na terça-feira temos um jantar com uns amigos que foram com sua família à Portugal por 15 dias, adivinhe qual será o assunto??
    Esse mesmo, Portugal!
    Beijo, amiga. Um bom domingo.

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  3. Nunca fui boa à disciplina de História e sei que todos os pormenores da nossa História que li aqui me vão esquecer.
    Mas pelo menos posso vir lê-los em qualquer altura para os recordar.

    Só fui uma vez a Setúbal e apesar do calendário marcar o dia 14 de Dezembro, estava um dia de sol quente e fantástico. Adorrrei lá terrr estado!

    Beijinhos e sadinos
    (^^)

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  4. Olá Elvira.
    A Senhora continua com um Historial Fotográfico e Decomentado digno de Louvor.
    Cumprimentos. Alberto

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